12 de julho de 2017

No Luso

Não sei porquê nunca me deu para ir ao Luso. Talvez seja a minha sempre-presente renitência ao Norte e o Luso, para mim, é a norte. Talvez seja porque tenha ouvido falar da humidade do Luso e eu, que amo os desertos, não me fascino pela humidade. Quis porém o caprichoso Destino que eu fosse ao Luso. E eu fui, pois. Lá se nega o Destino?
A primeira coisa que descobri é que sim e sim, confirma-se que o Luso é húmido, e frio e pardacento, mesmo em pleno Julho. Eu passei frio em Julho no Luso. Frio, certo? Pois, isto não ajuda nada a que me aproxime do Norte (ainda que em Agosto eu vá de viagem para o grande Norte onde nasci e que não quis para vida, mas isso é, e será, outra história...).
A segunda coisa que descobri é que não, não é Grande Hotel "do" Luso mas, antes, Grande Hotel "de" Luso. Penitencio-me já pela anterior ignorância ainda que não consiga discernir a diferença de sentido atribuída pela preposição em estado neutro. Enfim, a ignorância tem destas coisas...
E assim se passou um dia de pico de Verão numa terra de humidade, frio e neblina. Não sei porquê nunca me deu para ir ao Luso. Perante esta vivência não sei se me dará para voltar ao Luso. O Destino caprichoso disso se encarregará pelo sim ou pelo não.

1 comentário:

Dalma disse...

Ao contrário eu sou pelas grandes latitudes e por isso não é por acaso que por duas vezes passei férias nos "desertos" para lá do Círculo Polar Ártico, portanto para lá dos 66º N!