25 de abril de 2016

Manel Fotógrafo 2

Desde muito pequeno que o Manel gosta de tirar fotografias. Pede-nos as máquinas e aí vai ele espaço adentro captando o que aos seus olhos causa alguma impressão. Ontem fomos a um restaurante.
- Tia, posso ir fotografar? - pergunta depois de terminar o jantar.
Empresto-lhe a minha máquina e eis o que cinco anos de gente acha importante num restaurante.
O frigorífico das sobremesas, claro. E coisas que lhe pareceram importantes e que surpreendem a Tia porque a Tia nem se apercebeu que havia coisas também importantes no restaurante que nem sempre estão à vista dos adultos.
High five, Manel!

23 de abril de 2016

Dia da Terra

Vem com um dia de atraso esta homenagem ao Dia da Terra mas, hoje, de manhã, quando dei com estas flores abertas no balcão da cozinha pensei no maravilhoso que nos rodeia e que tão frágil é. que ainda tenhamos tempo...

21 de abril de 2016

Purple Rain (1958-2016)

Prince é Purple Rain. É a minha adolescência. É Alphabet Street. É a minha cena. O Bowie morreu e eu entrei em choque mas isto é a detonação da bomba.
Pego na carrinha para vir para casa. Quase oito da noite. Na rádio oiço falar de Prince, no passado. Adivinho. Não quero adivinhar e chego a duvidar que estou a adivinhar o que estou a adivinhar. Mas, é claro, adivinhei. Bomba.
You'll be as missed as you are irreplaceable.
RIP.

11 de abril de 2016

Diz que é Dia dos Irmãos

E eu tenho uma Irmã.
A melhor Irmã.
A minha Irmã tem dois filhos.
Os melhores Irmãos.

E tenho uma irmã que não é de sangue.
Mas é irmã para tudo.
Eu tenho duas irmãs.
As melhores irmãs.

6 de abril de 2016

A Biblioteca Nacional faz 220 anos!!!

Apanhei a lembrança num post de encómio lúcido, merecido e soberbamente escrito da Maria do Rosário Pedreira no seu Horas Extraordinárias (essas que se passam a ler). Não me teria lembrado que a BN também faz anos e que já os faz há éons de tempo. E como gostei de me lembrar...

Nunca haveria um PhD nesta Blonde se não fosse a BN e as bibliotecas desse mundo. Memórias gratas guardo das minhas prolongadas estâncias na BN, na Senate House em Londres, na biblioteca do St. Antony's College em Oxford. Chegava ao início do dia, instalava-me e ali ficava no silêncio imerso nas palavras. A net era uma coisa incipiente, o contacto com o papel e o preto no branco o que nos aproximava das ideias, do saber, das palavras outras e dos outros, das minhas palavras e das minhas ideias. Preciso agradecer à Maria do Rosário Pereira (que não conheço) o ter-me levado de volta a um tempo de que guardo saudades, a palavra perfeita de uma língua que também foi aprendida em bibliotecas, a dos meus avós, a dos meus pais, a BN: obrigada!