19 de fevereiro de 2014

Foi só um relâmpago, um temor

Hoje acordei com nada de especial. Só mais um dia de contas e orçamentos e textos e correcções disto e daquilo. Um dia banal. Veio sem ser anunciado. Apareceu de repente. Um ápice e tinha passado. Um ápice e deixou-me a pensar.
Um só segundo e vi a minha vida, vi a vida dos meus pais, vi a vida dos meus avós. Todos humanos. Todos com os sofrimentos que a Vida lhes atirou pela frente. Vi os meus sobrinhos. Meu Deus, que são humanos!
Estou sobressaltada. Como é que encaramos que os nossos filhos não estarão isentos de sofrimento?

3 comentários:

Dalma disse...

Mãe de três já com vidas organizadas e felizes, ainda me sobressalto com o futuro deles, na realidade "we can take nothing for granted"!

Cristina Torrão disse...

O sofrimento faz parte da vida. Não podes (nem deves) proteger os sobrinhos de tudo o que seja mau, de tudo o que pode provocar sofrimento. Dizem os especialistas que o que mais ajuda uma criança a lidar com o sofrimento é falar sobre ele, falar do que a aflige. Parece ser um erro dizer «não te preocupes com isso», ou «não tenhas medo disso». Parece que ajuda mais ouvir, deixar desabafar. E dizer-lhe «eu estou contigo, não te deixo sozinho/a».

Cristina Torrão disse...

Não tem muito a ver, mas está ligado. E pretende apenas ser motivo de reflexão:

http://andancasmedievais.blogspot.de/2014/02/as-criancas-e-o-medo.html