31 de agosto de 2013

No roupeiro da Carrie Bradshaw

Quando a nossa irmã, "extreme fashionista", tem filhos o que é que nos acontece a nós super-Tias? Passamos uma tarde de sonho a escolher as peças que queremos do roupeiro da nossa irmã. É um tratamento melhor que saldos na Fashion Clinic.
Mana, I love you! (e o meu roupeiro também!) 
 

27 de agosto de 2013

Prodígios

Isto, de facto, morar no Campo tem os seus constantes momentos estupefactos, mesmo para mim que faço dele perene habitação. Como de costume, a vizinhança abastece-me abundantemente dos produtos da terra e do trabalho do Homem e, como sempre, não cesso de me surpreender com os prodígios produzidos nas hortas cá do sítio. Desta feita, courgettes gigantes e tomates mutantes, aqui fotografados lado-a-lado com andorinhas do Bordallo só para se perceber a real dimensão de semelhantes maravilhas do mundo natural.

19 de agosto de 2013

Assim vai Agosto

Lento. Pouca vontade de coisas do intelecto ainda que os deadlines estejam a tocar. No fresco da Casa ataco as miudezas restantes da nova decoração. Poucos traços já da Casa que foi da Mãe, os indispensáveis para que a Casa e eu não sejamos mais órfãs Dela do que somos. Sem traços já da casa que foi durante o meu não-casamento. Sobretudo, sei que foi a Casa da Mãe, como quero que seja minha e depois de mim dos meus sobrinhos, algo de nós há-de restar. Há, porém, um vácuo de infelizes poucos anos que, esses mais que todos os outros, quero ver expurgado. Aos poucos chegarei à não-existência deles nem no pensamento. Para já, as paredes que o silenciem. E sim, está a ficar pronta para que lhe escreva novas páginas de novos e impercorridos capítulos. Acrescento pedaços de passados ainda mais longínquos que os da Mãe. Coisas e loisas que me trouxeram aqui e Aqui onde gosto cada vez mais de estar e de ser. Passados que me não traumatizam e que me são raízes.
Antecipo o bom nesta Casa que já me foi jazigo e fantasmas soltos que me traziam aqui a escrever catarses para os afugentar. Ainda cá os há, nem a Casa seria a mesma sem eles, como não há casa que casa seja sem eles. Há uns que sei que vão cá ficar para sempre, os outros são como as paredes: hão-de levar com tinta até desaparecerem de vez. Vai ser bom. Sei.

15 de agosto de 2013

Vi as águas os cabos vi as ilhas

Acho que é o verso que mais amo da Sophia. E estou assim: ao cabo do cabo vi ilhas e águas e regresso aqui. Partidas e regressos na nostalgia de umas e de outros. Ontem regressei por etapas e cheguei a uma casa transformada em nova, desabitada de uns quantos passados suprimidos por baixo de camadas de tinta fresca. Algures a meio da vinda detive-me num outro mundo: o que a Mana construiu para si e nos deu. Entrei por uma porta de casa onde nunca tinha estado. Entrei como estranha no familiar, ao mesmo tempo visita, irmã e tia. Lá dentro tudo o que de melhor eu tenho e sou.
Alegria nostálgica a da rememoração. As águas, os cabos e as ilhas. O distante e o perto. O familiar e o estranho. Partir e regressar e saber que neste aqui estou eu e que o meu coração deambula por onde os olhos me levaram e onde os meus moram.