18 de outubro de 2010

Mudou o Jornal 2

Não mudam as notícias. Não muda nada. E eu acho que o país, no seu geral, está a chegar a um caso tão grave de delirium tremens que quanto maior a loucura melhor que é para ninguém estranhar.
Um dos novos pensadores residentes no tal de "Hoje", ou seja o novo noticiário da 2, para o caso o ex-Ministro Daniel Bessa, acha que para colmatar o défice se deveria privatizar o ensino superior. Eh pá, eu até acho que as propinas poderiam ser mais altas, mas privatizar o superior?! Depois está meio mundo banzo porque o Prof. Marcelo anunciou com pompa, circunstância e em prime time a recandidatura do Prof. Cavaco. Pergunto: mas onde está a admiração? Acaso alguém pensa que não há uma equipa de spinning por detrás desta manobra? E para acabar em beleza lá vem o papão da Alemanha com o multiculturalismo falhado. Ai falhou? Então, falhou lá como falhou aqui e na França e em todo o lado a começar pela grande e retalhada nação americana.
Mas porque é que eu ainda me dou ao trabalho de ver telejornais? Blonde Josefina, és mesmo burra! Burra, parva, masoquista e estupidamente ingénua. Dah!

9 comentários:

Pronúncia disse...

Já deixei de ver TV há uns tempos... com tanta alarvidade, aumentava-me a pressão arterial, vociferava como se não houvesse amanhã e cheguei à conclusão que era a forma mais rápida de "ganhar" uma depressão profunda... desisti!

Ältere Leute disse...

Para aqui a falar de HIGIENE ( falta dela - sobretudo mental...) e esqueci-me de ver o "Hoje". Era preciso para quê?

A.B. disse...

Pronúncia, estou consigo. Deixei de ver TV há tanto tempo que já mudei duas vezes de casa sem pedir instalação.
Comigo começou pela impossibilidade de jantar a olhar para as "notícias". Gente morta, a morrer, decepada, retalhada, queimada. Emagreci muito.
Depois apercebi-me dos anúncios que passavam nas pausas das desgraças - chocolates, cremes de beleza, créditos fáceis.
Que mistura; eu a comer e a ver horrores patrocinados por guloseimas.
Ainda hoje me dá volta ao estômago ver as pessoas a devorar um bife enquanto passam imagens do que restou de um ataque suicida. Não sei como conseguem. E creio numa intenção malévola detrás disto, uma insensibilização propositada, ou mesmo um condicionamento muito perigoso.
Não advogo enterrar a cabeça na areia, mas a hora das refeições é para comer - é um privilégio, comer.
Quanto ao resto estou como a Mafalda; não interessa quantos canais temos, há TV em todos.

Rafeiro Perfumado disse...

A mim basta-me ler na internet e as gordas nos jornais. Mas nem tudo é mau neste país, acho que o Governo arranjou forma de curar definitivamente o problema da obesidade.

antonio ganhão disse...

Bem, sempre escreveste isto...

LP disse...

Privatizar as universidades não digo, mas acho que deveria haver dois sistemas de frequência:
Ou paga propinas, no valor justo, à semelhança das auto-estradas pagas isto é, utilizador/pagador ou, frequenta gratuitamente e, aquando no mercado de trabalho começa a pagar como se de um empréstimo se tratasse.

Ia tudo trabalhar mais cedo? Pois, é isso mesmo!

Agora um bocadinho à "Gato fedorento":
O A.B. esteve perto do propósito dos horrores à hora das refeições. Todos sabem o défice de médicos no nosso país, não é? Todos sabem (acho), que nos cursos de medicina se fazem testes de aptidão à actividade, certo? Ora, se o A.B. conseguisse jantar como se nada fosse, voilà!? ele perceberia que medicina podia ser uma saída.

Desculpe, Blondewithaphd, este aparte.
Claro que há spinning! Não me diga que conhece alguém que julgue não haver!?

Comparar Alemanha connosco?! ai, ai..., Olhe, já tive a infelicidade, um dia, de propôr um modelo de gestão que agradou uma administração..., não quem mandava!

Daniel Santos disse...

estamos bem arranjados.

A.B. disse...

LP, ao preço que está a carne é perigoso ter médicos condicionados pela TV a operar em horário nobre : )

A.B. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.